Tuesday 29 September 2015




Livro sobre Salgado relata influência do "Dono Disto Tudo" na política e nos negócios



O livro O Último Banqueiro relata a liderança de Ricardo Salgado no Banco Espírito Santo (BES) e o modo como o banqueiro conhecido como "Dono Disto Tudo" esteve envolvido nalgumas das mais importantes decisões tomadas no país, como a entrada da troika.

Políticos eram para usar e deitar fora


18 Novembro 2014 • Fernando Esteves

Nove de Março de 2005. Apenas 18 dias antes o socialista José Sócrates vencera as eleições legislativas contra o social-democrata Pedro Santana Lopes. Abel Pinheiro, o homem de confiança de Paulo Portas no CDS-PP para a área financeira, comenta telefonicamente com Carlos Costa, ex­-administrador do Instituto do Comércio Externo de Portugal, hoje director-geral do Casino Lisboa, as escolhas do novo primeiro-ministro para o elenco governamental. São 10h25.


Abel Pinheiro (AP) – Portanto, agora [é] o Manuel Pinho [quadro do Banco Espírito Santo (BES), que acabara de ser anunciado como ministro da Economia]. Desde o governo de Vasco Gonçalves (…), o BES sempre teve os seus representantes no governo.

Carlos Costa (CC) – É impressionante. É impressionante.

AP – Pois, está bem.

CC – Impressionante, pá. Impressionante. Mas o Manuel Pinho é um homem que não conhece a microeconomia, a realidade empresarial. Eu temo que ele se espete…

AP – Você não se lembra mas eu vou-lhe lembrar quem é o Manuel Pinho.

CC – Hum…

AP – O Manuel Pinho foi o homem que eu levei para o BES depois de o ter feito com o Braga de Macedo, director-geral do Tesouro.

CC – Sim, senhor. O meu pai contou-me isso. Eu já sabia.

AP – (…) Os Espírito Santo estavam a estrangulá-lo porque ele teve uns comentários no banco (…) mas como bons banqueiros utilizam a pessoa que [es]tiver de plantão.

CC – Claro.

AP – Isso é assim, os banqueiros e casa de putas (sic), está a compreender, não é?

CC – Claro, claro! É sempre assim.

AP – Mas utilizam e cospem.

CC – [Risos]

AP – Os Espírito Santo distinguem quem usam e de quem são amigos. Como bons banqueiros.


Uns meses antes desta conversa até hoje inédita, Manuel Pinho visitava um museu em Nova Iorque quando recebeu um telefonema de José Sócrates, na altura líder da oposição. Queria convidá-lo para ser seu porta-voz para os assuntos económicos. Entusiasmado com a possibilidade de experimentar uma incursão na política (e de acordo com o livro ‘O Último Banqueiro’, das jornalistas Maria João Gago e Maria João Babo), Pinho terá ligado a Ricardo Salgado no sentido de lhe expor a situação. Depois de uma primeira hesitação, o chefe acabou por ceder. Telefonou-lhe de volta: "Estive a pensar melhor. Faça lá isso. Mas tente não dar muito nas vistas. E não me embarace." O resto da história é conhecida: tal como Salgado certamente intuíra, Pinho acabou como titular da pasta da Economia de Sócrates e, terminada a "comissão de serviço" regressou ao BES. Salgado premiou-o com um salário mensal de 39 mil euros enquanto administrador da holding do BES África – valor que acaba de ser cortado para 2.000 euros pela nova administração do Novo Banco, que concluiu que as funções praticamente nulas do ex-ministro não justificavam aquele salário.


No momento em que falava com Carlos Costa, o braço­-direito de Paulo Portas provavelmente desconhecia que se encontrava sob escuta judicial no âmbito do caso Portucale, que investigava alegados crimes de tráfico de influências em que o BES surge como núcleo fundamental tal. E só por isso terá partilhado de forma tão aberta o que muitos apenas sussurravam – que Ricardo Salgado, o presidente do banco agora caído em desgraça, mantinha relações de grande cumplicidade com o poder político, destacando, ou autorizando pontualmente, quadros do banco a desempenharem cargos de decisão política, regressando depois à instituição.


Milhões em comissões-fantasma



Por aqueles dias, o ex-tesoureiro do CDS-PP encontrava-se na mira das autoridades por alegadamente ter usado a sua influência no sentido de conseguir a autorização do governo PSD/CDS-PP para o abate de 2.500 sobreiros, essencial para viabilizar um investimento do Grupo Espírito Santo (GES) na herdade da Vargem Fresca, em Benavente. O despacho que permitiu o abate foi assinado quatro dias antes das eleições legislativas que viriam a dar a vitória ao PS pelos ministros Costa Neves (PSD), Nobre Guedes e Telmo Correia (CDS). As autoridades tinham identificado depósitos numa conta do CDS no valor de 1 milhão de euros nos últimos dias de 2004, dois meses antes de o despacho dar luz verde às pretensões do GES – e apontavam-nos como provável contrapartida pela decisão dos ministros.



Noutra escuta do Portucale, esta revelada pelo Jornal Sol, Abel Pinheiro comenta com Luís Horta e Costa, administrador do BES, a "simpatia" com que o CDS tratou o BES enquanto esteve no governo.



Abel Pinheiro – Fazendo as contas, nós metemos na mão da sua gente mais de 400 milhões de euros nas últimas três semanas… por coisas com mais de 10 anos (...) Do Turismo, do Ministério das Finanças, do Ministério do Ambiente.

Luís Horta e Costa – Ó sr. dr., aquela estátua que eu prometi está cumprida.



Em 2012, sete anos depois de ocorridos os factos, a justiça decidiu absolver os 11 arguidos do caso.



As escutas do caso Portucale foram um maná para o Ministério Público, uma vez que também deram origem a outro dos processos mais mediáticos dos últimos anos: o que há oito anos investiga, sem resultados visíveis, suspeitas de corrupção na compra de dois submarinos à empresa alemã Ferrostaal, decidida pelo então ministro da Defesa, Paulo Portas, durante o governo liderado por Durão Barroso. A investigação defendeu que os representantes do Estado português beneficiaram os alemães em troca de cerca de 30 milhões de euros em luvas, pagas através de uma conta na Suíça à Escom (a empresa do GES que intermediara o negócio). O rasto completo deste dinheiro nunca foi identificado pelas autoridades, mas recentemente o jornal i revelou o teor de uma reunião do Conselho Superior do GES – o órgão de cúpula do banco que reunia os representantes dos cinco ramos da família – em que Ricardo Salgado explica aos presentes o que sabe sobre o paradeiro do dinheiro. Foi no dia 7 de Novembro de 2013 – a mesma reunião em que José Maria Ricciardi, seu primo e principal crítico da sua gestão, contestou abertamente a sua liderança – que Salgado afirmou perante nove elementos da família: "Deram­-nos 5 [milhões] a nós e eles [os administradores da Escom Hélder Bataglia, Pedro Ferreira Neto e Luís Horta e Costa] guardaram 15."



Antecipando as inquietações dos presentes, o chefe do BES avançou: "E vocês têm todo o direito de perguntar: mas como é que aqueles três tipos receberam 15 milhões? A informação que temos é que há uma parte que não é para eles. Não sei se é ou não é. Como hoje em dia só vejo aldrabões à nossa volta… Os tipos garantem que há uma parte que teve de ser entregue a alguém em determinado dia." Mas quem é esse "alguém"? Ricardo Salgado não o disse – e o Ministério Público, que suspeita da corrupção a políticos, ainda não conseguiu desvendar o mistério. O que se sabe é que na Alemanha e na Grécia já há condenados. Dois ex-gestores da Ferrostaal declaram-se culpados do pagamento de luvas a portugueses e gregos em troca de uma condenação não superior a dois anos e com penas suspensas. O cônsul honorário de Portugal em Munique, também investigado por corrupção, relatou aos administradores da Ferrostaal os encontros que manteve com Paulo Portas, Durão Barroso e o seu assessor Mário David, mas os três envolvidos sempre negaram esses contactos.



Os favores a políticos e os jogos de bastidores




A relação do GES com Durão Barroso é conhecida. Em 1996, depois de o agora ex-presidente da Comissão Europeia ter perdido contra Fernando Nogueira a corrida à liderança do PSD, Durão tornou-se consultor do BES, que lhe disponibilizou um gabinete num palacete situado perto do jardim da Estrela, em Lisboa, bem como carro e motorista. Em contrapartida, o social-democrata escrevia relatórios para o banco sobre a área internacional. O salário no BES e uma bolsa da FLAD patrocinaram-lhe a ida para a universidade de Georgetown, em Washington, onde se manteve até 1999, o ano em que decidiu regressa a Portugal para tentar, com sucesso, alcançar a chefia do PSD.



A facilidade de Ricardo Salgado chegar às elites do PSD não se inaugurou com Durão: em 1989, quando Cavaco Silva, então primeiro-ministro, participou pela primeira vez no Fórum Mundial de Davos, na Suíça, Salgado, juntamente com Manuel Ricardo Espírito Santo, encontrou­-se com ele no bar de um pequeno hotel para lhe manifestar a vontade de o grupo regressar a Portugal no sentido de recuperar a seguradora Tranquilidade e o banco da família, que fora nacionalizado em 1975. Quinze anos depois, já a liderar um grupo milionário, o presidente do BES juntou num jantar em sua casa três casais: Durão Barroso (então primeiro-ministro) e Margarida Sousa Uva; Aníbal e Maria Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa e a sua namorada Rita Amaral Cabral. Objectivo: convencer Cavaco a candidatar-se à presidência da República – o que acabaria por acontecer.



A capacidade do ex-presidente do BES para manobrar nos bastidores era, até ao passado mês de Julho, quase ilimitada. Salgado gostava de dizer que tinha amigos em todos os partidos – e tinha mesmo. O socialista José Sócrates terá sido um dos políticos com quem manteve uma relação mais próxima. "Juntou-se a fome à vontade de comer", graceja um ex-ministro socialista à SÁBADO. O facto de Sócrates ser o homem dos grandes projectos – auto-estradas, novo aeroporto de Lisboa, TGV… – transformou Ricardo Salgado no seu cúmplice ideal. O líder do BES apreciava-lhe a coragem e a ousadia. Mas quando, para defender os interesses do banco, considerou essencial deixá-lo cair, não hesitou. Perante o aumento descontrolado dos juros da dívida portuguesa, organizou, juntamente com os maiores banqueiros portugueses, a realização de cinco entrevistas em dias seguidos à jornalista da TVI Judite Sousa em que todos defenderam o recurso a um resgate financeiro. A iniciativa revelou-se decisiva para a tomada de decisão definitiva de José Sócrates, que se bateu contra a opção até ao limite das suas forças.



Com Passos Coelho, Salgado nunca conseguiu atingir o grau de intimidade que construíra com o seu antecessor. Mas não eram desconhecidos: quando Passos liderava a oposição, o gestor enviava-lhe cartões com pequenos recados – um hábito que cultivava há vários anos. Conhecera-o quando o agora primeiro-ministro trabalhava com Ângelo Correia na Fomentinvest, detida em 14,39% pela Espírito Santo Capital. Foi também nessa altura que Passos Coelho se aproximou de José Maria Ricciardi, que na altura estaria longe de adivinhar que anos depois travaria uma guerra mortífera com o seu primo mais velho. Talvez por ser tão próximo de Passos Coelho, Ricciardi não tenha hesitado, em 2012, em ligar directamente para o seu telefone a protestar contra a adjudicação da assessoria para a privatização da EDP à consultora Perella Weinberg. Só não contava que essa chamada – e outras nove que fez para o primeiro-ministro – estivesse a ser escutada no âmbito do processo Monte Branco, que investiga suspeitas de branqueamento de capitais e em que Ricardo Salgado é um dos visados.


O amigo que todos desejavam



Já com Passos à frente do Executivo, o BES encontrou um "facilitador" na relação entre o banco e a cúpula governamental: Miguel Relvas. O ex-ministro Adjunto chegou a reunir-se em privado com Ricardo Salgado a 13 de Outubro, enquanto decorria o Conselho de Ministros que debatia o Orçamento do Estado.



Ao longo dos últimos 20 anos, raramente o líder do BES terá sido enfrentado pelo poder político – afinal, Ricardo Salgado era o "Dono Disto Tudo"; o amigo poderoso que todos queriam ter. Para cultivar a sua influência, financiou campanhas eleitorais, promoveu Presidentes da República e cortejou primeiros-ministros. Quase todos o encaravam com um temor reverencial. Até que, pelas 9h de 24 de Julho passado, uma viatura da Polícia Judiciária estacionou à porta da sua casa, situada junto à Boca do Inferno, em Cascais. Os agentes tinham ordens para o deter para interrogatório no âmbito do processo Monte Branco. A sua hora tinha chegado.



Carta de um delator, Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa e o BES

14/07/2014 por João José Cardoso

Para o mentiroso mais bem pago de Portugal isto no BES está uma chatice porque o governador do Banco de Portugal não aparece a garantir que está tudo bem. O potencial buraco é no máximo metade do que já se sabe. Quer dizer, há uma crise no BES mas não há bem uma crise no BES, e o banco vai salvar-se, o resto do império é que está mais complicado.


Esta defesa, tímida, é certo, que a coisa vai correr mal, não mereceria uma linha, estamos habituados ao Marcelo, mas teria merecido uma frase, a velha declaração de interesses, coisa pouca, que informasse os telespectadores sobre o infímo detalhe de  a sua namorada, Rita Amaral Cabral, ser a presença feminina que foi reforçar o conselho de administração do BES em 2012. Não sei se lá fica, nem me interessa, nem com quem dorme Marcelo, com quem passa férias Marcelo, nada temos que ver com a vida privada do Marcelo, mas já com a ética profissional da própria TVI que o permite já temos um bocadinho. Que diacho, isto de um gajo ser enganado em directo por um vendedor de banha da cobra escusava de ser durante um espaço noticioso, sérios a sério foram logo a seguir Ricardo Araújo Pereira e Bruno Nogueira que juntos e ao vivo nem sequer largaram uma boa piada.



Então, Salgado convida o ainda primeiro-ministro e a mulher, Margarida Sousa Uva, para um jantar na casa de Cascais, que estende a mais dois casais: Aníbal e Maria Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa e Rita Amaral Cabral, que viria a ser administradora não executiva do BES."


Filho de Salgado e mulher de Rebelo de Sousa processam BdP

O filho de Ricardo Salgado e a companheira de Marcelo Rebelo de Sousa são algumas das pessoas que recorreram ao tribunal para impugnar a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal (BdP) ao Banco Espírito Santo (BES) e que culminou com a divisão deste em banco bom e banco mau, avança o Diário de Notícias.

José Ricardo Espírito Santo Salgado, filho do antigo líder do BES, Ricardo Salgado, e Rita Cabral, companheira de Marcelo Rebelo de Sousa, estão a lutar pela impugnação da medida de resolução do Banco de Portugal que levou à divisão do BES em banco bom e banco mau.

De acordo com o Diário de Notícias, José Ricardo Salgado tem duas ações a correr no Tribunal Administrativo de Lisboa. A primeira, que deu entrada a 11 de setembro, tem como objetivo adquirir certidões de documentos e obrigar o Banco de Portugal a prestar informações.

A segunda entrou a 4 de novembro e refere-se à medida de resolução tomada pelo regulador da banca. Com esta ação, José Ricardo Salgado pretende que esta decisão seja impugnada.

Quem também já recorreu aos tribunais foi Rita Cabral, companheira de Marcelo Rebelo de Sousa. A ação, que chegou ao Tribunal Administrativo de Lisboa na última terça-feira, também tem como objetivo a impugnação da medida de resolução.

Existe ainda um grupo de 120 acionistas que invoca ilegalidades levadas a cabo pelo Banco de Portugal no processo que culminou com a divisão do BES em duas entidades diferentes.

Marcelo, Miguel, o BES e nós


Pergunta do milhão de euros: como é possível que um caso com a dimensão do BES só se conheça agora? Como é possível que nós, gente dos jornais e da comunicação social, tenhamos tido ao longo dos anos notícia de tantas pontas soltas – basta ver o número de casos em que o banco esteve envolvido –, mas ninguém tenha sido capaz de unir as várias pontas e perceber aquilo que realmente se estava a passar?
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A resposta é óbvia: porque a família Espírito Santo é demasiado grande e o país demasiado pequeno. Enquanto a família esteve unida, formou um bloco inexpugnável, pela simples razão de que o seu longo braço chegava a todo o lado, incluindo partidos (alguém já ouviu António José Seguro, sempre tão lesto a dar palpites sobre tudo, comentar o caso BES?), comunicação social (quem não se recorda do corte de relações com o grupo Impresa em 2005, na sequência de notícias sobre o envolvimento do BES no caso Mensalão?) e até aos próprios comentadores, por via das relações pessoais que Ricardo Salgado mantém com gente tão influente quanto Marcelo Rebelo de Sousa ou Miguel Sousa Tavares.

Ora, ninguém à face da terra possui uma independência inexpugnável. Isso não significa que todos tenhamos um preço – significa apenas que somos condicionados por relações de amizade ou de sangue e que nesse campo uma família de 300 membros, que há décadas se move na alta sociedade portuguesa como peixe na água, acaba por chegar a quase toda a gente que interessa. O próprio Sousa Tavares referiu essas ligações há um ano, numa entrevista à Sábado: “O Ricardo Salgado é sogro da minha filha e avô de netos meus. Além disso, somos amigos há muitos anos, porque eu fui casado com uma prima direita dele. Nunca o critiquei e nunca o elogiei, porque acho que não se fala da família em público.” Pode apontar-se a Miguel Sousa Tavares muita coisa – eu já o fiz –, mas não falta de independência ou coragem. Simplesmente, quando o caso BES atinge esta dimensão, o silêncio de alguém com a sua importância torna-se efectivamente um favor a Salgado. Não há como fugir a isso.

Mas se Sousa Tavares não fala sobre o tema e já justificou porquê, o mais influente comentador português – Marcelo Rebelo de Sousa – necessita urgentemente de aproveitar algum do seu tempo dominical para fazer a sua declaração de interesses em relação aos Espírito Santo. E essa declaração é tanto mais premente quanto nas últimas semanas tem vindo a defender a solução Morais Pires, considerando até que a impressionante queda das acções do BES na passada semana era coisa “inevitável”, visto estarmos perante “um novo ciclo”. Que essa queda tenha acontecido exactamente por não estarmos perante um novo ciclo parece não ter passado pela sua cabeça, habitualmente tão veloz e atenta.

Não admira, pois, que Nicolau Santos tenha chamado a atenção no Expresso para o facto de Marcelo e Ricardo Salgado já terem passado juntos “várias vezes férias no Mediterrâneo”. E já agora – acrescento eu – que Rita Amaral Cabral, há longuíssimos anos companheira de Marcelo, como é público, seja actualmente administradora não executiva do BES, e, entre 2008 e 2012, um dos três membros da comissão de vencimentos do banco. Marcelo, como todos sabemos, nunca teve quaisquer problemas em criticar aqueles que lhe são próximos. Mas há factos que devem ser verbalizados – porque é precisamente destes pequenos segredos que vive o regime que nos trouxe até aqui.


Ricciardi ataca Marcelo com as «luxuosas férias» na mansão de Salgado




Of the billionaires I have known, money just brings out the basic traits in them. If they were jerks before they had money, they are simply jerks with a billion dollars.

Warren Buffett


Joe Berardo está falido: CGD, BES e BCP desistiriam de cobrar dívidas ao empresário


O desaparecimento de milhões com um V




Esqueceste de referir que o Cuelho PAFioso sabotou Portugal ao rejeitar o PEC-4 de uma tal maneira que o pessoal que tinha graveto ficou cheio de medo e tirou a massa de Portugal antes que ela pusesse ser confiscada como aconteceu no Chipre, com o seu famoso curralito e confisco.

Gostava de ver alguém fazer um estudo dos prejuízos causados a Portugal quando a super-geringonça (PSD+PP+BE+CDU) rejeitaram o PEC-4 !

Pistas:
- TGV construído no tempo em que o Euro valia quase 1,6 USD, perdas no PIB na construção e exploração
- aeroporto novo para Lisboa feito a tempo de permitir mais turistas do que temos hoje, que fogem dos países assolados por terrorismo (Tunísia, França, Alemanha, etc).
- Turistas espanhóis que perdemos devido a não termos TGV
- a troika emprestou dinheiro para compensar a perda das medidas de austeridade do PEC-4, mas a banca Portuguesa ficou a deriva, ao mesmo tempo em que a Irlanda e a Espanha recebiam ajudas especificas para os bancos.

Na minha opinião, quando meteram o Sócrates na cadeia por vender cabritos e não ter cabras, os lideres parlamentares do PSD/PP/BE/CDU que rejeitaram o PEC-4 deviam ser presos por traição nacional !

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