Ora bem, entre 74 e 75, foram 4 os Governos provisórios com o MFA e o fim o Império Colonial bem como os militares a quererem um governo "socialista" estando, portanto, a política dividida nessa altura. (Vasco Gonçalves, General das Forças armadas e próximo do PCP não sendo do partido, foi este que criou o Salário Mínimo Nacional, bem como outras leis favoráveis ao trabalhador.
Em 75, Portugal vivia um clima sem ideias nem rumo através do MFA em que as decisões políticas era tomadas quer nas ruas quer nas casernas, à mão do Sr. José Pinheiro de Azevedo, em que foi candidato à Presidencia da República através do PDC ( Partido da Democracia Cristã) e tornando-se presidente do mesmo partido em 76. Ainda em 75 e ainda no Governo provisório, o descontrole das contas públicas foi total!
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Agora é que começa o descalabre com os partidos políticos, os mesmos, portanto....:
Entre 76 e 78, foi o PS Governo com Mário Soares, Portugal entra na CEE, O sector pública ganha um enorme peso na economia, os prejuízos são tantos e responsabilidades apuradas são nenhumas.A precarização dos contratos de trabalho começa e o poder de compra ganho nos 2 anos anteriores cai brutalmente.O descontrole das contas Públicas continua!
Em 78 Entra o PSD em cena e as pessoas apenas sobrevivem ( o mesmo caminho que estamos a voltar, com os mesmos partidos), os conflitos pollíticos e sociais dominam a sociedade, o Governos PSD está envolvido em crises internas e externas, não tendo tempo sequer para resolver os problemas do País.
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Em 79 Maria de Lurdes Pintasilgo é Primeira Ministra (a 3a da Europa) através do Governo da Iniciativa do presidente da república Ramalho Eanes, houve uma intensa produção legislativa, mas sem efeitos práticos. Portugal continua sem rumo.
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Em em 1980, com o Governo da Aliança Democrática (coligação centro-direita formadas pelo PPD/PSD, CDS e PPM), Liderados por Sá Carneiro. Portugal sem rumo e com os militares a recusarem sair da cena política. A morte de Sá Carneiro (1980) e a derrota da direita nas eleições presidenciais altera os planos da coligação no poder (PSD, CDS, PPM). Cavaco Silva sobe os gastos orçamentais, valoriza o escudo, dificulta as exportações, aumenta as importações. O défice sobe então de 5% em 1980 para 11.5% em 1981 e 13.2% em 1982. A dívida externa aumenta de 467 milhões de contos em 1980 para 1199 milhões em 1982.
Em 1983, o novo governo da AD vê-se obrigado a subir as taxas de juro 4 pontos, e a vender 50 toneladas de ouro para financiar as contas externas. (Ah Grande Cavaco!!)
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Entre 81 e 83, foi a vez de Pinto Balsemão, com novamente o PSD/CDS/PPM no Governo!!!
"Através de uma importante revisão constitucional, os militares deixam de controlar politicamente os governos. Portugal começa a libertar-se do fardo de bandos de militares politicamente incompetentes que desde 1974, teimavam em determinar o rumo que o país devia de seguir. Prosseguem os conflitos entre a "esquerda" e a "direita". O governo é minado pelas forças políticas que o sustentam e acaba por cair. As grandes opções políticas são sucessivamente adiadas.
A situação económica das contas públicas era gravíssima, devido a um total descontrole das despesas públicas dos governos da direita (1980-1983), o que implicou um pedido de ajuda ao FMI."
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Mario Soares novamente, desta vez no periodo de 83 a 85 novamente com o Governo do PS-PSD ( Bloco Central ). "Portugal estava à beira de uma ruptura financeira, o que implicou uma forte intervenção do FMI. As medidas tomadas pelo governo penalizam largos sectores da população, provocando uma grande agitação política. Mário Soares e Mota Pinto (PSD) tem apenas um objectivo político - a integração na CEE -, para além disso revelam-se um total vazio de ideias.
Nesta altura há um aumento considerável de emigrações, sobretudo para a Suíça, reflectindo as dificuldades internas de desenvolvimento.
As medidas tomadas pelo governo permitiram, em 1985, aliviar o aperto financeiro do país. O FMI aponta então Portugal como um modelo a seguir. O problema é que as reformas na administração pública foram sendo adiadas. As estruturas e corporações herdadas do antigo regime e do Império Colonial continuavam intactas, absorvendo importantes recursos económicos.
A inflação atinge neste período valores históricos: 25.5 % em 1983 e 29.3 % no ano seguinte.
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Entre 86 e 95, com Cavaco Silva no Poder, e Portugal finalmente na CEE (actual União Europeia). Aqui começaram as ajudas europeias (86). A descida da Inflação e das taxas de desemprego são acentuadas.
A partir de 87, com a privatização das empresas públicas, passando a ser controladas por grupos financeiros internacionais, muitas empresas foram desmanteladas, começando a desindustrialização do País!
Fim da "reforma agrária" no Alentejo, entrega de terras e grandes indemnizações aos antigos proprietários;
Desmantelamento do sector das pescas, silvicultura e da agricultura em Portugal, a troco de algumas ajudas financeiras da CEE. A maioria dos agricultores e pescadores passaram a receber para não produzirem, arrancarem arvores (vinhas, oliveiras, etc) ou abandonarem a sua actividade piscatória, contribuindo desta forma para o aumento da dependência alimentar de Portugal de países como a França.
Entrega de toneladas de ouro do Banco de Portugal a uma empresa norte-americana que terminou na falência, uma operação conduzida por Cavaco Silva e o ministro Tavares Moreira.
Cavaco deixa o governo, em 1995, numa altura que o desemprego começa a subir e se fazem sentir as deficiências estruturais de um Estado perdulário.
Entre as obras ou iniciativas emblemáticas deste governo, conta-se o Centro Cultural de Belém (1992), aquisição de Serralves (Porto) e as iniciativas "Lisboa Capital da Cultura Europeia" (1994) e Expo 98. No plano das acessibilidades regista-se a conclusão da auto-estrada Lisboa-Porto.
(Cavaco no seu melhor!!!)
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De 95 a 99 e de 99 a 02 foi o Guterres, com novamente o PS. Em 96 Guterres associou o seu nome às CPLP,à independêncoa de Timor e a devolução de Macau à China em 99.
Foi a grande época das privatizações em Portugal, o que permitiu até ao ano 2000 diminuir o peso da dívida pública.
"Entre as medidas emblemáticas deste governo regista-se o programa Polis (re-qualificação de cidades) e as scuts (auto-estradas sem portagens para o utilizador). No plano das acessibilidades regista-se a ligação de norte a sul por auto-estradas. Entre as grandes obras, regista-se a construção da barragem do Alqueva."
Em 2002 Portugal adere ao Euro, Os principais sectores económicos deixam de ser competitivos, o que, a curto prazo, à sua extinção. Os governos deixam de poder desvalorizar a moeda para manter os produtos competitivos. As importações aumentas, as exportações diminuem, o que provoca uma agravamento das contas públicas.
O estado não pára de se endividar, os serviços, organismos e empresas públicas multiplicam-se para darem emprego aos amigos dos partidos políticos. A Espanha passa a praticar em Portugal um verdadeiro saque económico, ajudada por membros do governo socialista. O número de funcionários do Estado aumentou, mas a sua eficiência diminuiu. Para coroar uma política de esbanjamento de recursos públicos, lançou-se na regionalização de Portugal através de um referendo. A população portuguesa acabou por recusar a proposta da regionalização.
Portugal assume-se como uma sociedade moderna e cosmopolita, onde a imigração tem um peso crescente na população activa. A EXPO 98 (1998) é o momento simbólico desta viragem..
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"Uma vez mais, uma coligação PSD/CDS-PP com Durão Barroso e Paulo Portas entre 2002 e 2004.
Durão Barroso continuou a adiar as reformas que o país necessitava. Após dois anos de indecisão e muitas promessas acaba por fugir para Bruxelas. Os seus compromissos internacionais, nomeadamente em termos de controlo da despesa pública não são cumpridos.
Em 2002 quando o governo tomou posse, a economia ainda crescia, mas não tardou a entrar num fase de completa estagnação. Portugal passa a divergir da União Europeia. As empresas dos sectores de mão-de-obra intensiva (texteis, calçado, etc), com baixos salários e trabalhadores pouco qualificados são duramente atingidos pela crise, fazendo disparar as taxas de desemprego. A ausência de reformas estruturais torna-se uma evidência.
Para agravar a situação, em finais de 2002, Portugal descobre que uma das suas mais respeitadas instituições públicas - a Casa Pia de Lisboa -, era um verdadeiro supermercado para pedófilos. A bandalheira no Estado tinha ultrapassado todos os limites.
No plano internacional, destaca-se, em 2003, o apoio de Durão Barroso à invasão do Iraque pelos EUA, uma posição contrária à vontade da maioria dos portugueses. Paulo Portas, então ministro da Defesa, numa descarada mentira aos portugueses, afirma ter visto provas inequívocas que o Iraque possuía armas de destruição em massa. Numa atitude bélica encomenda dois submarinos à Alemanha, num negócio que mais tarde se descobriu corrupto.
As duas obras emblemáticas deste governo foram a assinatura da nova Concordata com o Vaticano (2004) e a realização de um campeonato europeu de futebol (EURO 2004). Nada de mais relevante se assinala. "
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Entre 2004 e 2005 foi novamente o PSD/CDS-PP com Santana Lopes e mais uma vez Paulo Portas.
"O país entra em estado de choque face à nomeação de Santana Lopes como primeiro-ministro, após a fuga de Durão Barroso para Bruxelas. A situação política do país rapidamente se tornou caótica. O retrato de Portugal não deixava dúvidas: A corrupção generalizou-se, em especial nas autarquias, e a Justiça deixou de funcionar.
Não se apuravam responsabilidades e a impunidade era total. Os actos governativos transformaram-se numa sucessão de disparates explorados pela comunicação social. A política-espectáculo atingiu o seu auge. A vida boémia do primeiro-ministro de Portugal tornou-se um tema recorrente na imprensa internacional. Jorge Sampaio (Presidente da República) é forçado a demitir o governo por incompetência, um caso único em mais de 860 anos de história do país.
Não se conhece nada de relevante que possa ser associado a este governo, a não ser sucessões de escândalos públicos."
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Entre 2005 e 2009 foi o Governo do PS (uma vez mais) com o mal amado Sócrates, desta vez, maioria absoluta numa altura que a sociedade portuguesa estava à beira de uma ruptura social. Portugal é dos países do mundo que mais gasta com a justiça, saúde e educação, mas é dos que tem piores resultados nestes sectores. A segurança social fruto de sucessivos saques e uma gestão ruinosa estava à beira do colapso financeiro.
É consensual que o país não pode continuar a sustentar um Estado que presta serviços miseráveis, bloqueia o desenvolvimento e absorve mais de 50% do PIB.
É neste contexto que o governo liderado por Sócrates, resolveu avançar com um ambicioso programas de reformas, nomeadamente na administração pública, saúde, segurança social e educação.
A ordem é para racionalizar e combater o desperdício, aumentando a eficiência e eficácia do sistema. Um dos projectos emblemáticos da nova política é o Plano Tecnológico, o qual entre outras coisas procura simplificar a vida aos cidadãos através do recurso sistemático às tecnologias. Uma das suas mais emblemáticas medidas foi a promoção das energias renováveis.
Face aos interesses instalados, muitas destas mudanças encontraram uma forte resistência por parte das corporações.
A brutal crise financeira mundial de 2008, interrompeu grande parte das reformas que estavam em curso.
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Entre 2009 e 2011, com Sócrates novamente reeleito, mas desta vez com o PS como partido minoritário, ficando refém do PSD mas com a célebre e tão conhecida demagogia de direita do CDS-PP e da esquera, BE e PCP,
num clima internacional de profunda crise financeira. As reformas que o país tanto carece foram congeladas ou abandonadas.
Cavaco Silva (Presidente da República), antigo líder do PSD, aproveitando o descontentamento da população em relação às medidas de austeridade, preparou as condições políticas para o regresso ao poder do seu partido. No dia da sua tomada de posse, a 9/3/2011, fez um violento discurso contra o governo, e as suas medidas de austeridade, dando um claro sinal para o seu derrube no parlamento.
Poucos dias depois, o PSD, com o apoio do PCP e BE, no dia 23/3/2011, alegando discordarem de novas medidas da austeridade (PEC IV), decidem derrubar o Governo lançado o país no caos à beira da bancarrota. No dia 6/04/2011, Portugal pedia ajuda ao FMI/UE para resolver os seus problemas financeiros.
O PSD afirma-se agora disposto a concordar com todas as medidas de austeridade que venham a ser exigidas pelo FMI/UE, que tem como base negocial mínima o PEC IV. O país vive uma situação de completo absurdo político.
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E agora estamos com o PSD, com um NEOLIBERALISTA sem igual, vindo das "juventudes partidárias", neste caso, da JSD. Este senhor, foi para a lusiada e curiosamente teve altos cargos em empresas do PSD.
Ao longo da sua militância partidária nunca teve uma ideia política própria, mas apenas algumas "atitudes" que os politólogos portugueses interpretam como ideias em gestão.
Passos é anti-patriota. Quando tem algo a comunicar, nunca se dirige primeiro e directamente aos Portugueses, mas sim primeiros à Comunicação Social de outros Países. Isto remonta a 2010.
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Agora recapitulando:
74 - 76 = Independentes como Governo.
76 - 78 = PS
78 - 80 = Independentes
3 Jan 80 - 4 Dez 80 = Aliança Democrata =1º Min PSD
4 Dez 80 - 9 Jan 81 = Aliança Democrata = 1º Min do CDS
9 Jan 81 - 9 Jun 83 = Aliança Democrata = 1º Min PSD
Jun 83 - Nov 85 = PS com coligação PSD
Nov 85 - Out 95 = PSD
Out 95 - Abr 02 =PS
Abr 02 - Jul 04 = PSD com coligação CDS/PP
Jul 04 - Mar 05 = PSD com coligação CDS/PP
Mar 05 - Jun 11 = PS
Jun 11 - Presente = PSD com coligação CDS/PP
Este foram quem nos desgraçaram e continuam a desgraçar e ao País, são e foram estes que permitem que alguém com 17 anos vá preso por apenas partilhar uma música e que os corruptos saiam impunes! Se não há alternativas então mais vale voltar-mos à monarquia ou que este país seja uma ANARQUIA!
Peço desculpa por me ter alongado mas vale mostrar às pessoas que ou não sabem ou se esqueceram em quem votaram estes anos todos... E o que o voto dela fez em prol deste país!